sábado, 17 de outubro de 2009

ARTE RUPESTRE. PATRIMÔNIO DA ESPÉCIE HUMANA.


Mas o que são afinal os registros rupestres? Manifestações artísticas, ritualísticas, monumentais ou comunicativas? A julgar pelas características, todas elas intrínsecas às manifestações rupestres, todas essas definições estão corretas. Os arqueólogos, semiólogos, paleontólogos, entre outros, que vislumbram os “conjuntos iconográficos” como elementos auxiliares na catalogação, datação e reconhecimento de antigas civilizações, os vêem como o primeiro sistema de comunicação, fato concreto, pois existem claramente identificados os elementos comunicador, comunicante e comunicado.
É monumento, pois, segundo a definição de Giles Delleuze os monumentos são formados por elementos perceptivos e afectivos que são capazes de existirem por si só, característica fundamental para a sua própria conservação. As pinturas rupestres têm essa característica. Além de tudo, é uma das mais belas e intrigantes manifestações artísticas que conhecemos. Possui o elemento abstrato, a representação naturalista que Hauser classifica de “Naturalismo Geométrico”. Para Hauser, o pintor pré-histórico “pintava o que via”, chegando a caracterizar a arte rupestre como a primeira manifestação impressionista na História da Arte. E tem a característica da fruição, pela qual nós observamos os conjuntos artísticos nos dias de hoje.
Portanto, sintamo-nos contemplados, seja qual for a nossa área de interesse pelas pinturas rupestres. Tenham elas caráter artístico ou científico, serão sempre um patrimônio da espécie humana.

Edson Lima

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