Era uma vez um partido político, criado em plena ditadura militar com o propósito de defender os trabalhadores. Era uma vez uma central de lutas, defensora dos direitos dos trabalhadores. A central fora criada pelo partido para aglutinar os trabalhadores dentro do movimento sindical. O partido político faria a representação política dos trabalhadores. Tudo caminhou muito bem durante muito tempo. O partido cresceu e se transformou no “maior partido socialista da América Latina”. A central consolidou-se como a principal ferramenta de luta sindical, encampando durante muito tempo as demandas de todos os trabalhadores do Brasil.
Passaram-se vinte e cinco longos anos e tudo mudou.
O Partido que era dos Trabalhadores virou dos Traidores ao implementar medidas do receituário neoliberal como taxação de aposentados, redução de salários, formação de superávit primário, em detrimento da aplicação de recursos nas áreas fins como educação, segurança, saúde, etc. Emprestou dinheiro pra salvar o capital especulativo dos bancos. Chegou até a emprestar dinheiro ao famigerado Fundo Monetário Internacional, o FMI.
A Central que era única e que era também dos trabalhadores deixou de ser Única e principalmente, deixou de ser dos Trabalhadores. Deixou de ser dos trabalhadores por defender no campo sindical as propostas do Partido, governista, em detrimento dos Trabalhadores. Deixou ainda, de ser única, pois, no campo neoliberal está acompanhado de outras como a Força Sindical e a novíssima CTB que também, defendem o mesmo governo.
Felizmente os trabalhadores organizados começam a perceber o mal que esta atitude dúbia de tentar servir a dois senhores ao mesmo faz à luta sindical. Os servidores das IFES deram um duro golpe nesta prática mesquinha, ao desfiliar a FASUBRA da CUT durante o último congresso da categoria, o XX CONFASUBRA. A foto da bandeira da CUT sendo retirada da mesa que presidia a cerimônia de posse da nova direção é emblemática para o movimento sindical brasileiro, assim como o foram a queda do muro de Berlim e a derrubada da estátua de Saddam Husseim para os imperialistas. Assim como a queda da Bastilha para o povo francês, aquela imagem vai ficar gravada nas nossas mentes e certamente entrará para a história sindical brasileira.
Edson Lima - SINTEST/RN
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