João Fernandes Campos Café Filho nasceu em Natal, no Rio
Grande do Norte, em 3 de fevereiro de 1899, filho de um senhor de engenho.
Trabalhou como comerciário para estudar direito na Academia de Ciências
Jurídicas e Comerciais do Recife, capital pernambucana. Depois de formado,
passou em um concurso público para procurador da Justiça e pôs em prática sua
posição contrária à oligarquia local, defendendo os trabalhadores.
Ingressou na política depois de participar da Revolução de
1930. Eleito deputado federal em 1934, exerceu o mandato até a instauração do
Estado Novo, em 1937. Em 1945, com a redemocratização, foi novamente eleito
para a Câmara dos Deputados e integrou a bancada da oposição, assumindo
posições esquerdistas. Em 1950, por imposição do governador de São Paulo,
Adhemar de Barros, participou da chapa de Getúlio Vargas como vice-presidente.
Com o suicídio de Vargas, assumiu a presidência em 14 de
agosto de 1954. Entregou o cargo a Carlos Luz, presidente da Câmara dos
Deputados, em novembro do ano seguinte, após ter sofrido um ataque cardíaco. Recuperado,
os militares o impediram de voltar porque buscavam garantir a posse do
presidente eleito Juscelino Kubitschek. Em 1961, foi nomeado ministro do
Tribunal de Contas do Estado da Guanabara pelo governador Carlos Lacerda.
Morreu no Rio de Janeiro em 20 de fevereiro de 1970.
Café Filho foi goleiro
do Alecrim
Futebol Clube em Natal, clube que até hoje é o único que teve em seu
plantel um atleta que chegou ao posto de Presidente do Brasil. Educado na
Primeira Igreja
Presbiteriana de Natal,
foi também o primeiro presidente protestante do Brasil. Seu
governo foi marcante pelas medidas econômicas liberais na economia comandadas pelo
economista Eugênio
Gudin.
Foi o primeiro presidente a nascer depois da Proclamação
da República, que aconteceu em 15 de novembro de 1889.
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