sexta-feira, 18 de novembro de 2011

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Cordel sobre a demolição do estádio Machadão em Natal, RN

Cordel sobre a demolição do estádio Machadão em Natal, RN

Cordel sobre a demolição do estádio Machadão em Natal, RN


A morte do Machadão

Eu senti um dia desses
um aperto no coração
vinha pra Universidade
Na Romualdo Galvão
Ao olhar pro fim da rua
Eu não vi o Machadão

No lugar do Machadão
Vi um cenário de guerra
Nosso estádio foi ao chão
Nossa história foi por terra
Abatida por tratores
Que lembram tanques de guerra

Aqueles tanques de guerra
Que não usam munição
Espalharam pela terra
Os restos do Machadão
E o que sobrou foi levado
No lombo do caminhão

Levaram no caminhão
um pouco da nossa história
De futebol nos domingos
De derrota e de vitória
O poema de concreto
Perdeu seus dias de glória

Um dos momentos de glória
Pra nossa felicidade
Que foi a maior vitória
De um clube da cidade
América na série “A”
Falo com autoridade

E você autoridade
Preste muita atenção
Tenha a dignidade
Ressuscite a tradição
Batizando o novo estádio
De “Arena Machadão”

Botando de Machadão
O nome no estádio novo
Um tributo a João Machado
representante do povo
Se mantém a tradição
e a cultura desse povo

“essa cultura do povo
é coisa de abestalhado
Dona FIFA me mandou
construir um novo estádio
bote no chão essa coisa
e estamos conversado”

“e estamos conversado”
Quem falou foi o engenheiro
Mostrando por “B” mais “A”
Que quem manda é o dinheiro
Não passou uma semana
instalou-se o canteiro

instalado o canteiro
começou destruição
foi caindo bem ligeiro
Machadinho e Machadão
A poeira foi subindo
E o resto ficou no chão

Também caiu pelo chão
A nossa dignidade
Não temos mais prefeitura
Nem qualquer autoridade
Dona FIFA e os empresários
É quem mandam na cidade.

Agora nossa cidade
Não tem praça de esporte
Os clubes estão mais fracos
Os empresários mais forte
Acabou-se o futebol
Do Rio Grande do Norte

EDIL (Edson Lima)




Entrevista do secretário Henilton Menezes sobre pesquisa de preços

Prezados produtores e parceiros,
Abaixo link da entrevista do secretário Henilton Menezes para a TV NBR sobre os indicadores nacionais de preços da cultura, levantados segundo parâmetros e técnicas de mercado pela Fundação Getúlio Vargas.
Por se tratar de material esclarecedor e que pode ser útil a vocês, repasso para que possam acompanhar.
Atenciosamente.

http://www.youtube.com/watch?v=MbAauRy8xEY

Caroline Borralho
MINISTÉRIO DA CULTURA
Assessora de Comunicação
Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura (Sefic)
Esplanada dos Ministérios, Bloco B, 1º andar - Brasília (DF)
(61) 2024.2127
caroline.borralho@cultura.gov.br

sábado, 12 de novembro de 2011

Ato em defesa da vida do Deputado Marcelo Freixo

O PSOL/RN convida todos os filiados (as), imprensa e sociedade em geral para Ato Público que acontecerá no próximo dia 16/11 (4ª), às 15h, em frente a assembleia legislativa/RN, no centro da cidade. O ato em defesa da vida do Freixo é também para alertar os governos sobre a falta de segurança pública que impera no RN e no Brasil.
Vale lembrar que a semana passada, policiais aqui no RN também foram mortos por bandidos e até quando vamos ficar inertes?
Você é nosso convidado (a), vista a camiseta do PSOL, leve bandeira ou o que quiser, o importante é estar protestando contra a falta de segurança e apoiando um parlamentar que coloca sua vida em risco, mas não se rende às pressões do narcotráfico e das milícias.
Veja abaixo um pouco mais sobre o nosso deputado. Divulgue amplamente...
Sandro Pimentel - Pres. Estadual PSOL/RN

Reinventando a física : Prefeitura de Natal fecha farmácias para melhorar o atendimento.


Nós, seres humanos, somos dotados da capacidade da audição, que, se nos permite ouvir o barulho das ondas ou uma sinfonia de Beethoven, por outro lado nos faz escutar coisas desagradáveis ou sem nexo.Coisas que simplesmente não se consegue entender, e, no caso que trato agora, chega a uma tentativa de subverter as leis da física invertendo a ordem das coisas. Todos nós sabemos que se temos determinada quantidade de algum produto ou serviço, ao diminuirmos essa quantidade, a qualidade do atendimento vai cair, pois não? Tomemos como exemplo o serviço de transporte coletivo: temos uma quantidade y de ônibus numa linha, transportando uma quantidade x de passageiros/hora. Se essa quantidade de passageiros não irá diminuir, pelo contrário tenderá a aumentar, é óbvio que, se diminuirmos a quantidade de ônibus a qualidade do serviço irá piorar com mais passageiros sendo transportando por menos ônibus.

Faço essa introdução para comentar um assunto que ouvi num programa jornalístico de rádio. Um agente público, responsável pelo setor de farmácias populares da Prefeitura de Natal, afirmou que a prefeitura iria reduzir a quantidade de farmácias populares para melhorar o atendimento, pode? Este cidadão começou justificando que a quantidade de farmácias seria reduzida porque a lei exige um farmacêutico em cada farmácia. Como a quantidade de farmacêuticos da prefeitura é insuficiente, resolve-se o problema cortando em mais de 60% a quantidade de farmácias. Porque ao invés de diminuir o número de farmácias não se contrata mais farmacêuticos? Essa deveria ser a pergunta que a inexperiente repórter da FM Universitária de Natal deveria ter feito.

Em seguida o nobre assessor informou que outro motivo do fechamento das farmácias era porque os depósitos da prefeitura não tinham estoques suficientes de todos os remédios para todas as farmácias. Não é pra rir? E porque não se adquire remédios para todas as farmácias ao invés de fechá-las? Aí o camarada se perdeu de vez. Disse que ao diminuir a quantidade de farmácias o estoque, antes insuficiente, como num passe de mágica, se tornaria suficiente e... pasmem!, a prefeitura não precisaria gastar mais nada. Já pensaram que argumento inteligente? E os pacientes? Ah! Eles apenas iriam ter de andar um pouquinho mais, porém, em compensação, teriam a certeza de que quando chegassem numa farmácia remanescente, encontrariam o seu tão precioso remédio. E de quebra ainda seriam atendidos por um farmacêutico! Que luxo!

Foi patético ouvir essas argumentações do sujeito tentando maquiar a total falta de capacidade administrativa da sra. Prefeita de Natal. E falava com orgulho, aquele orgulho idiota típico das tem pessoas que só fazem o que lhe mandam fazer, só dizem o que lhes mandam dizer. Sequer se preocupam, se do outro lado da informação tem pessoas que pensam e, por isso, sabem que essa lógica defendida por ele, certamente sob os auspícios da sua prefeita, não resistem a um mínimo de questionamento. De minha parte, fico com a exatidão científica quando afirma que se temos determinado volume de matéria em um determinado espaço a pressão é uma. Se diminuirmos o espaço com a mesma quantidade de matéria a pressão aumentará em razão proporcionalmente inversa. 

Essa lógica nos leva a crer que o serviço só tende a piorar, pois, segundo o que aprendi nas aulas de história da arte, o único lugar onde o menos é mais é na arte minimalista, vanguarda artística da segunda metade do século XX. E isso já faz algum tempo...

Edson Lima
Professor de Artes Visuais
Designer gráfico da Editora da UFRN
Coordenador de Comunicação – SINTEST/RN
Pós-graduado em Gestão Universitária

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Carta Aberta a Governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini e a Diretora Geral da Fundação José Augusto, Ana Neuma

Artistas, grupos, técnicos, críticos e pesquisadores de teatro do Rio Grande do Norte e vindos de vários lugares do país foram convidados, em outubro de 2010, para mais uma edição do Festival Agosto de Teatro, em Natal.
Pode-se dizer como demonstram os registros, que o Festival foi um sucesso, não apenas porque reuniu uma parte da produção cultural do Estado e trabalhos importantes da temporada brasileira, como também porque naqueles dias conseguiu mobilizar em torno da arte os cidadãos e cidadãs da cidade, que compareceram sempre com grande entusiasmo, lotando as apresentações, festejando, aplaudindo os espetáculos e acompanhando as oficinas e encontros de avaliação programados.
O que restou inconcluso, não respondido, não praticado, eticamente ignorado, foi a resposta do Governo do Rio Grande do Norte, que até este momento não saldou seu compromisso com os contratados. Veio a mudança de gestão e, com ela, a velha estratégia que há tempos assassina a cultura do país: o estrangulamento da continuidade no andamento da coisa pública. Como se tratasse de empenhos cancelados pela gestão anterior, a atual gestão usou o argumento para justificar durante todos estes meses o não-pagamento da dívida, de maneira que um ano depois do Festival o Governo continua empurrando com a barriga, sem finalmente reconhecer que a dívida é do Estado e não do Governo que está pontualmente de plantão. Sinalizar com um novo empenho que não tem data para ser cumprido é o mesmo que sinalizar com nada.
Afora os argumentos de sempre e a promessa de que um dia pretende pagar o devido (quando?), a Gestão ainda tem que explicar não só aos artistas, mas à população, por que ignora que o Festival - que mobilizou tanta gente em torno do teatro naqueles dias – é algo que não tem interesse para a vida coletiva, do Estado, dos cidadãos. Pois que é isto o que se evidencia. A pergunta é: por que a cultura e seus agentes (desde que naturalmente não estejam colados a contextos midiáticos, quando o papo muda) é sempre tratada como algo absolutamente não prioritário? Por que a Cultura não interessa aos governantes? – O que esta situação perfeitamente exemplifica.
Por isso os criadores de teatro envolvidos no Festival exigem uma posição clara do Governo do Rio Grande do Norte e a solidariedade dos cidadãos e cidadãs que julgarem esta uma causa justa. Menos pelo dinheiro, mais pelo tratamento que vem sendo dispensado até aqui.

Prof. Dr. José Sávio O. Araújo
CENOTEC - Laboratório de Estudos Cenográficos e Tecnologias da Cena.
DEART - Departamento de Artes/UFRN
Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas.