Passou-se mais um dia dedicado ao trabalhador. Um dia que deveria ser dedicado ao lazer, a passear com a família, entre outras atividades lúdicas. Mais o que se vê? Trabalhadores desempregados, sem ânimo para comemnoração. Sem ânimo e sem dinheiro. As praias, pelo menos aqui em Natal, lotadas por causa do preço promocional do transporte coletivo. Feriado nacional, meia-passagem para todos. Mais um reflexo da crise. As próprias empresas concordam com essa tarifa diferenciada para não correr o risco de seus ônibus ficarem ociosos durante o dia, pelo menos os que fazem a linha das praias.
Mas o que esperar de um país onde quase 40% dos possíveis trabalhadores dependem de esmolas, sejam através de programas sociais do Governo ou simplesmente da caridade alheia? Um país onde o salário-família é menor que o auxílio presidiário? Onde sobram vagas nas escolas e faltam vagas nos presídios? Onde se aponta a maioridade penal a partir dos 16 anos como forma de "enjaular" os filhos da pobreza para diminuir a criminalidade, já que os ricos saem por aí queimando índios e mendigos sem serem sequer indiciados?
Enquanto isso, os ricos continuam sua vida tranquilamente com seus carrões blindados, seus prédios em condomínios cercados por fortes esquemas de segurança, seus filhos saídos das melhores escolas particulares para ocupar vagas nas melhores universidades públicas do país...Até quando?
Edson Lima
Técnico-administrativo UFRN
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