terça-feira, 13 de dezembro de 2011

GRAVURA DE TOPO

O termo "gravura de topo" deve-se a forma como a madeira que servirá de matriz é cortada, no sentido transversal, não longitudinal o que propicia melhor corte já que o problema da fibra é praticamente eliminado. Pode-se conseguir traços finíssimos através do buril que é também utilizado na gravura em metal.
Blocos cuidadosamente preparados de madeira de buxo são vendidos para este propósito, assim como blocos de bordo vermelho considerado uma preferência secundária, mas adequados para a maioria dos usos. No Brasil podemos usar a peroba, o guatambu, o gonçalo-alves, etc. Comparada com a gravura de fio, a gravação de topo é essencialmente uma técnica de linha-branca em fundo-negro; isto é, trabalha-se do negro para o branco em maior escala do que quando se está entalhando numa tábua onde áreas maiores de branco são gravadas e as massas negras e brancas são manipuladas com mais equilíbrio. Os antigos mestres da gravura de fio produziram trabalhos de grande força e delicadeza de traços, mas hoje é considerada para trabalhos mais adaptável para trabalhos mais espontâneos, enquanto à técnica de gravação de topo é preferida para os trabalhos que exigem maior refinamento ou precisão de linhas. Além do buril comum são utilizados outros tipos de ferramentas, tais como o buril raiado, facas e goivas. No auge de seu desenvolvimento durante o século XIX, a gravura de topo era utilizada principalmente como um meio de reprodução de desenhos e pinturas, e suas características básicas eram subordinadas à produção de copias e imitações. Seu uso como uma técnica puramente artística é modera, remontando ao final da Primeira Guerra Mundial.

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