Segue abaixo um link interessante. Trata-se da política nacional de museus, que deve interessar aos estudantes de arte, história da arte, museologia entre outros. Um trabalho muito interessante do Governo Federal.
Veja o link...
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Feliz Natal? Quando?
Que bom seria se este natal fosse realmente feliz pra todos, né? Um natal sem usina de Belo Monte, sem EBSERH, sem Lei Geral da Copa, sem os ministros da Dilma, sem a Dilma, sem corrupção, sem políticos "ficha suja".
Uma Natal sem Micarla de Souza e sem os vereadores que não acataram seu processo de impeachment...
Um Natal com salário mínimo justo, distribuição de renda, reforma agrária, emprego pra todo mundo.
Uma Natal com seus serviços básicos funcionando, com saúde, educação, limpeza e transporte urbano para todos...
As utopias existem e são elas que movem o mundo!
Enquanto esse dia não chega, brinco de Afro Papai Noel com as crianças da minha comunidade do Conjunto Niterói. Feliz Natal pra todos.
Uma Natal sem Micarla de Souza e sem os vereadores que não acataram seu processo de impeachment...
Um Natal com salário mínimo justo, distribuição de renda, reforma agrária, emprego pra todo mundo.
Uma Natal com seus serviços básicos funcionando, com saúde, educação, limpeza e transporte urbano para todos...
As utopias existem e são elas que movem o mundo!
Enquanto esse dia não chega, brinco de Afro Papai Noel com as crianças da minha comunidade do Conjunto Niterói. Feliz Natal pra todos.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
NOTÍCIA DE PLANO PARA ASSASSINAR JOSÉ RAINHA
JOSÉ RAINHA JR e CLAUDEMIR SILVA NOVAIS, presos pela Policia Federal desde o dia 16 de junho de 2011, por ordem do Juiz Federal da 5ª Vara Federal de Presidente Prudente/SP, foram transferidos em setembro para a Penitenciária Estadual Zwinglio Ferreira (P1) de Presidente Venceslau/SP.
Esta semana, José Rainha informou a seus familiares haver recebido notícia, via carta redigida por outro detendo, dando conta de um plano para dar fim a sua vida, bem como a vida de Claudemir Silva Novais. Segundo o conteúdo da carta, o valor oferecido por fazendeiros a outros detentos para executar José Rainha seria de R$500.000,00 (quinhentos mil reais). José Rainha Jr. já foi vítima de tentativas de assassinato por várias vezes, articuladas por setores contrários a reforma agrária, e seu nome foi incluído na lista dos ameaçados de morte divulgada recentemente pela Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Esta nova ameaça, grave e preocupante, deve ser apurada, sobretudo porque neste momento há uma disputa por terras públicas no Pontal do Paranapanema, reivindicadas para a reforma agrária. A prisão de José Rainha Jr e de outros defensores da reforma agrária ocorreu às vésperas do envio do Projeto de Lei – PL 687/2011, do governo paulista à Assembléia Legislativa de São Paulo, que busca regularizar a grilagem de terras na região, principalmente para expandir o monocultivo de cana-de-açúcar.
E mais, a prisão de José Rainha e Claudemir Silva ocorreu após a publicação da decisão da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que concluiu o julgamento do Recurso Especial nº617.428-SP, reconhecendo a existência de terras públicas (devolutas) no 15º perímetro da Região do Pontal do Paranapanema, conhecida nacionalmente como região de intensos conflitos agrários. Ao julgar o mencionado Recurso Especial, o STJ considerou como terra devoluta uma área de 92,6 mil hectares (do 15º Perímetro do Pontal do Paranapanema que vai da cidade de Euclides da Cunha Paulista até Teodoro Sampaio/SP), invadidos irregularmente por grandes grileiros de terras, principalmente usineiros.
Conclamamos as autoridades, entidades e órgãos públicos, defensores dos direitos humanos, que prezam pela vida, para que dêem amplitude ao fato, com o que, espera-se, não passará despercebido.
Rede Social de Justiça e Direitos Humanos
Conselho_Niterói: José Rainha Júnior ameaçado de morte
Conselho_Niterói: José Rainha Júnior ameaçado de morte: O líder sem-terra José Rainha Júnior, preso em São Paulo estaria marcado para morrer nas mãos de detentos. Veja essa notícia abaixo. NOT...
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Trabalho de design no curso de artes visuais
Campanha criada como trabalho final da disciplina design no curso de artes visuais da UFRN. Tem a finalidade de criar uma campanha fictícia para arrecadar fundos para a Casa Durval Paiva manter suas atividadesw assistenciais. Veja o link a seguir.
http://issuu.com/edson.ufrn/docs/caccdurvalpaiva_dirarte-1
Djalma Maranhão e a Educação popular
Por Edson Lima
Professor de Artes Visuais
Especialista em Gestão Universitária
Djalma Maranhão, prefeito de Natal cassado pelo regime militar foi um dos precurssores da educação popular no Brasil, apoiado nas experiencias do Educador Paulo Freire. Nesse artigo fazemos um relato das suas experiencias no estado do Rio Grande do norte, no período que antecede o golpe de 1964.
Alguns acontecimentos mundiais do pós-guerra repercutiram no Brasil e também em Natal, como a revolução cubana, primeiro enfrentamento ao imperialismo americano. O acordo de cooperação Brasil - Estados Unidos, que resultou na transferência em massa de recursos econômicos ao estado, visavam entre outras coisas, reforçar o domínio imperialista, atuando para diminuir o impacto que a revolução cubana causava entre as camadas populares.
Foi dentro desse contexto que o populismo, surgido sob o comando de Vargas se desenvolveu e dentro dele, as experiências em educação popular. Na visão das elites, o populismo tinha de acomodar as diversas aspirações populares, mantendo-as sob controle do poder dominante.Diante disso, eram permitidas e até financiadas pelo Governo Federal as várias experiências educacionais do período. Entre elas podemos citar:
a) O MCP - Movimento de Cultura Popular (1960), idealizado pelo então prefeito de Recife, Miguel Arraes. As atividades do MCP eram bastante diversificadas resultando daí a criação das “Praças de Cultura”’ para concentrar essas atividades. Nesse período, Arraes já era governador de Pernambuco;
b) O MEB – Movimento de Educação de Base, sob a orientação da Igreja Católica (CNBB), em 1960. Com o golpe militar, a Igreja acabou isentada da culpa pela “subversão”, tendo apenas os líderes populares sofrido as retaliações;
c) O CPC – Centro de Cultura Popular (1964), criado pela União Nacional dos Estudantes, UNE;
d) Campanha De Pé no Chão Também se Aprende a Ler, sob a orientação do prefeito de Natal, Djalma Maranhão. Essa campanha foi criada em fevereiro de 1961 com a inauguração do primeiro acampamento no bairro das Rocas. Os acampamentos foram a solução encontrada pelo prefeito Djalma Maranhão para sanar as dificuldades orçamentárias que impediam a aplicação de recursos na construção de escolas.
Todos esse programas foram criados segundo a perspectiva do educador pernambucano Paulo Freire e visavam politizar as classes populares envolvidas, possibilitando a passagem da consciência ingênua para a consciência crítica (CORTEZ, 2005, p.49).
Com o golpe militar de 1964 todas essas atividades de educação popular chegaram ao fim sendo os seus idealizadores presos e cassados.
Segundo a professora Margarida Cortez (2005), as idéias de democracia, diálogo, mudança social e do professor como crítico da realidade, presentes na obra de Paulo Freire foram incorporadas à campanha De Pé no Chão, por meio de palestras feitas por Freire e de cursos organizados pela Secretaria de Educação de Natal, com a participação da equipe pedagógica da campanha. Quando da realização da experiência de alfabetização de adultos na cidade de Angicos-RN, toda a equipe pedagógica se deslocou àquela cidade para acompanhar a experiência. Aqui chegando, o Centro de Formação, com o auxílio de estudantes universitários ligados ao CPC da UNE, fez o mapeamento das palavras que seriam utilizadas em Natal. Ainda segundo Cortez, a Campanha De Pé no Chão tinha uma proximidade muito grande com o pessoal do MCP de Pernambuco, também, influenciada por Paulo Freire que residia em Recife.
A equipe pedagógica da campanha realizava cursos de formação em Natal e posteriormente, através de convênios com prefeituras do interior visando a interiorização do programa de erradicação do analfabetismo, meta principal do prefeito Djalma Maranhão.
Com a criação da Diretoria de Documentação e Cultura ficou caracterizada cada vez mais essa preocupação com a educação e a cultura. Na visão de Cortez (2005), a criação das Praças de Cultura foi a iniciativa mais importante da DCC. As praças, que começaram a funcionar em 1961, eram constituídas de parque infantil, biblioteca, jornal mural, campo esportivo, teatro de arena usado para discussões e debates de interesse da comunidade. Atuavam como elemento complementar à orientação pedagógica da campanha.
REFERÊNCIA:
CORTEZ, Margarida de Jesus. Memórias de Campanha. De Pé no Chão Também se aprende a Ler. Natal: EDUFRN, 2005.
Professor de Artes Visuais
Especialista em Gestão Universitária
Djalma Maranhão, prefeito de Natal cassado pelo regime militar foi um dos precurssores da educação popular no Brasil, apoiado nas experiencias do Educador Paulo Freire. Nesse artigo fazemos um relato das suas experiencias no estado do Rio Grande do norte, no período que antecede o golpe de 1964.
Alguns acontecimentos mundiais do pós-guerra repercutiram no Brasil e também em Natal, como a revolução cubana, primeiro enfrentamento ao imperialismo americano. O acordo de cooperação Brasil - Estados Unidos, que resultou na transferência em massa de recursos econômicos ao estado, visavam entre outras coisas, reforçar o domínio imperialista, atuando para diminuir o impacto que a revolução cubana causava entre as camadas populares.
Foi dentro desse contexto que o populismo, surgido sob o comando de Vargas se desenvolveu e dentro dele, as experiências em educação popular. Na visão das elites, o populismo tinha de acomodar as diversas aspirações populares, mantendo-as sob controle do poder dominante.Diante disso, eram permitidas e até financiadas pelo Governo Federal as várias experiências educacionais do período. Entre elas podemos citar:
a) O MCP - Movimento de Cultura Popular (1960), idealizado pelo então prefeito de Recife, Miguel Arraes. As atividades do MCP eram bastante diversificadas resultando daí a criação das “Praças de Cultura”’ para concentrar essas atividades. Nesse período, Arraes já era governador de Pernambuco;
b) O MEB – Movimento de Educação de Base, sob a orientação da Igreja Católica (CNBB), em 1960. Com o golpe militar, a Igreja acabou isentada da culpa pela “subversão”, tendo apenas os líderes populares sofrido as retaliações;
c) O CPC – Centro de Cultura Popular (1964), criado pela União Nacional dos Estudantes, UNE;
d) Campanha De Pé no Chão Também se Aprende a Ler, sob a orientação do prefeito de Natal, Djalma Maranhão. Essa campanha foi criada em fevereiro de 1961 com a inauguração do primeiro acampamento no bairro das Rocas. Os acampamentos foram a solução encontrada pelo prefeito Djalma Maranhão para sanar as dificuldades orçamentárias que impediam a aplicação de recursos na construção de escolas.
Todos esse programas foram criados segundo a perspectiva do educador pernambucano Paulo Freire e visavam politizar as classes populares envolvidas, possibilitando a passagem da consciência ingênua para a consciência crítica (CORTEZ, 2005, p.49).
Com o golpe militar de 1964 todas essas atividades de educação popular chegaram ao fim sendo os seus idealizadores presos e cassados.
Segundo a professora Margarida Cortez (2005), as idéias de democracia, diálogo, mudança social e do professor como crítico da realidade, presentes na obra de Paulo Freire foram incorporadas à campanha De Pé no Chão, por meio de palestras feitas por Freire e de cursos organizados pela Secretaria de Educação de Natal, com a participação da equipe pedagógica da campanha. Quando da realização da experiência de alfabetização de adultos na cidade de Angicos-RN, toda a equipe pedagógica se deslocou àquela cidade para acompanhar a experiência. Aqui chegando, o Centro de Formação, com o auxílio de estudantes universitários ligados ao CPC da UNE, fez o mapeamento das palavras que seriam utilizadas em Natal. Ainda segundo Cortez, a Campanha De Pé no Chão tinha uma proximidade muito grande com o pessoal do MCP de Pernambuco, também, influenciada por Paulo Freire que residia em Recife.
A equipe pedagógica da campanha realizava cursos de formação em Natal e posteriormente, através de convênios com prefeituras do interior visando a interiorização do programa de erradicação do analfabetismo, meta principal do prefeito Djalma Maranhão.
Com a criação da Diretoria de Documentação e Cultura ficou caracterizada cada vez mais essa preocupação com a educação e a cultura. Na visão de Cortez (2005), a criação das Praças de Cultura foi a iniciativa mais importante da DCC. As praças, que começaram a funcionar em 1961, eram constituídas de parque infantil, biblioteca, jornal mural, campo esportivo, teatro de arena usado para discussões e debates de interesse da comunidade. Atuavam como elemento complementar à orientação pedagógica da campanha.
REFERÊNCIA:
CORTEZ, Margarida de Jesus. Memórias de Campanha. De Pé no Chão Também se aprende a Ler. Natal: EDUFRN, 2005.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
ANTÔNIO FERREIRA. UMA HOMENAGEM MERECIDA
Caros leitores, peço licença para compartilhar com vocês um pouco dos meus sentimentos neste 14 de dezembro.
UM ANO SEM ELE
No dia, 14/12/2011, fez um ano que meu pai se foi. Naquele
dia, estava voltando de atividade sindical em Caicó-RN, quando, após o almoço
em Acari, recebi um telefonema pelo qual esperava a qualquer momento, mas que
mesmo assim me pegou de surpresa. Meu pai acabara de falecer. Foi a viagem mais
longa que já fiz na minha vida. Nem as inúmeras caravanas bate-volta que fiz à
Brasília foram tão desconfortáveis.
Durante aquela viagem, enquanto observava a seca paisagem do
sertão do Seridó, foram passando as lembranças, tal qual num filme visto no
extinto Cinema Dois Irmãos em Macau-RN, onde fui pela primeira vez levado por
ele para assistir um “faroeste” que o velho adorava. Lembrei das diversas vezes
em que me levava a pescar, enfrentando inimigos ferozes como as “mutucas”
espécie de moscas gigantes que tinha nos manguezais macauenses. Ao me ver
lutando contra os insetos ele dizia: “quer passar por isso quando crescer? Não?
Então estude!” Foi assim também no tempo em que trabalhava na construção civil
em Natal e costumava me levar nos sábados para “tomar gosto” pelo trabalho. E
assim, fui formando meu caráter, me tornando o que sou hoje. Nas sessões de
cinema, aprendi o gosto pela arte; dos livrinhos de bang-bang veio o gosto pela
leitura que cultivo até hoje.
Um dia após a data de nascimento de seu ídolo maior, o
sanfoneiro Luiz Gonzaga, imortalizada no chorinho “Treze de dezembro”, Seu Antonio
se foi. Antônio Tocador, como gostava de chamar meu falecido tio Zé Ribamar. “Tocador
não, acordeonista”, costumava responder à provocação do meu tio. Músico
autodidata, além de sanfona tocava cavaquinho, bandolim, violão. Técnico em
eletrônica, construiu e pôs no ar a primeira emissora de rádio de Macau nos
idos de 1968, fato que quase o levou a ser preso pela Polícia Federal e DOPS,
naqueles anos terríveis de ditadura. A rádio foi fechada pouco tempo depois
pelos órgãos do Governo. Esse é um breve resumo da vida e obra de “Seu Conterrâneo”,
como era conhecido por muitos dos seus amigos.
Ia esquecendo o principal. Se não tivesse seguido os
conselhos que ele me dava durante as pescarias, o início dessa história seria
outro. Porque, se não tivesse estudado não teria entrado na universidade e
consequentemente aquela viagem a Caicó não teria acontecido para mim. Descansa
em paz, velho camarada!
Edson Lima
Pós-graduado em Gestão Universitária
Servidor técnico-administrativo da UFRN
Diretor de comunicação do SINTEST/RN
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
GRAVURA DE TOPO
O termo "gravura de topo" deve-se a forma como a
madeira que servirá de matriz é cortada, no sentido transversal, não
longitudinal o que propicia melhor corte já que o problema da fibra é
praticamente eliminado. Pode-se conseguir traços finíssimos através do
buril que é também utilizado na gravura em metal.
Blocos cuidadosamente preparados de madeira de buxo são vendidos para este propósito, assim como blocos de bordo vermelho considerado uma preferência secundária, mas adequados para a maioria dos usos. No Brasil podemos usar a peroba, o guatambu, o gonçalo-alves, etc. Comparada com a gravura de fio, a gravação de topo é essencialmente uma técnica de linha-branca em fundo-negro; isto é, trabalha-se do negro para o branco em maior escala do que quando se está entalhando numa tábua onde áreas maiores de branco são gravadas e as massas negras e brancas são manipuladas com mais equilíbrio. Os antigos mestres da gravura de fio produziram trabalhos de grande força e delicadeza de traços, mas hoje é considerada para trabalhos mais adaptável para trabalhos mais espontâneos, enquanto à técnica de gravação de topo é preferida para os trabalhos que exigem maior refinamento ou precisão de linhas. Além do buril comum são utilizados outros tipos de ferramentas, tais como o buril raiado, facas e goivas. No auge de seu desenvolvimento durante o século XIX, a gravura de topo era utilizada principalmente como um meio de reprodução de desenhos e pinturas, e suas características básicas eram subordinadas à produção de copias e imitações. Seu uso como uma técnica puramente artística é modera, remontando ao final da Primeira Guerra Mundial.
Blocos cuidadosamente preparados de madeira de buxo são vendidos para este propósito, assim como blocos de bordo vermelho considerado uma preferência secundária, mas adequados para a maioria dos usos. No Brasil podemos usar a peroba, o guatambu, o gonçalo-alves, etc. Comparada com a gravura de fio, a gravação de topo é essencialmente uma técnica de linha-branca em fundo-negro; isto é, trabalha-se do negro para o branco em maior escala do que quando se está entalhando numa tábua onde áreas maiores de branco são gravadas e as massas negras e brancas são manipuladas com mais equilíbrio. Os antigos mestres da gravura de fio produziram trabalhos de grande força e delicadeza de traços, mas hoje é considerada para trabalhos mais adaptável para trabalhos mais espontâneos, enquanto à técnica de gravação de topo é preferida para os trabalhos que exigem maior refinamento ou precisão de linhas. Além do buril comum são utilizados outros tipos de ferramentas, tais como o buril raiado, facas e goivas. No auge de seu desenvolvimento durante o século XIX, a gravura de topo era utilizada principalmente como um meio de reprodução de desenhos e pinturas, e suas características básicas eram subordinadas à produção de copias e imitações. Seu uso como uma técnica puramente artística é modera, remontando ao final da Primeira Guerra Mundial.
Obtido em:
João Café Filho. Primeiro sindicalista Presidente da República
João Fernandes Campos Café Filho nasceu em Natal, no Rio
Grande do Norte, em 3 de fevereiro de 1899, filho de um senhor de engenho.
Trabalhou como comerciário para estudar direito na Academia de Ciências
Jurídicas e Comerciais do Recife, capital pernambucana. Depois de formado,
passou em um concurso público para procurador da Justiça e pôs em prática sua
posição contrária à oligarquia local, defendendo os trabalhadores.
Ingressou na política depois de participar da Revolução de
1930. Eleito deputado federal em 1934, exerceu o mandato até a instauração do
Estado Novo, em 1937. Em 1945, com a redemocratização, foi novamente eleito
para a Câmara dos Deputados e integrou a bancada da oposição, assumindo
posições esquerdistas. Em 1950, por imposição do governador de São Paulo,
Adhemar de Barros, participou da chapa de Getúlio Vargas como vice-presidente.
Com o suicídio de Vargas, assumiu a presidência em 14 de
agosto de 1954. Entregou o cargo a Carlos Luz, presidente da Câmara dos
Deputados, em novembro do ano seguinte, após ter sofrido um ataque cardíaco. Recuperado,
os militares o impediram de voltar porque buscavam garantir a posse do
presidente eleito Juscelino Kubitschek. Em 1961, foi nomeado ministro do
Tribunal de Contas do Estado da Guanabara pelo governador Carlos Lacerda.
Morreu no Rio de Janeiro em 20 de fevereiro de 1970.
Café Filho foi goleiro
do Alecrim
Futebol Clube em Natal, clube que até hoje é o único que teve em seu
plantel um atleta que chegou ao posto de Presidente do Brasil. Educado na
Primeira Igreja
Presbiteriana de Natal,
foi também o primeiro presidente protestante do Brasil. Seu
governo foi marcante pelas medidas econômicas liberais na economia comandadas pelo
economista Eugênio
Gudin.
Foi o primeiro presidente a nascer depois da Proclamação
da República, que aconteceu em 15 de novembro de 1889.
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Estágiária acusa escola da São Paulo de racismo
A estagiária Ester Elisa da Silva Cesário acusa o Colégio Internacional Anhembi Morumbi, onde trabalha, de perseguição e racismo. Segundo boletim de ocorrência (BO) registrado em 24 de novembro, na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) de São Paulo, ela teria sido forçada por superiores a alisar o cabelo para manter “boa aparência”. A diretora do colégio, que nega o preconceito, teria prometido comprar camisas mais cumpridas para a funcionária esconder seus quadris.
A advogada trabalhista que ministra cursos no Geledés, Instituto da Mulher Negra, assegura que a expressão “boa aparência” é usada frequentemente para disfarçar preconceitos A jovem disse que foi contratada no dia 1º de novembro de 2011 para atuar no setor de marketing e monitorar visitas de pais interessados em matricular seus filhos no colégio, localizado no bairro do Brooklin, em São Paulo. A estagiária afirma ter sido convocada para uma conversa na sala da diretora, identificada como professora Dea de Oliveira.
Nos dias anteriores, sempre alguém mandava recado para que prendesse o cabelo e evitasse circular pelos corredores.
– Ela disse: ‘como você pode representar o colégio com esse cabelo crespo? O padrão daqui é cabelo liso’. Então, ela começou a falar que o cabelo dela era ruim, igual o meu, que era armado, igual o meu, e ela teve que alisar para manter o padrão da escola.– Além das advertências, Ester afirma ter sofrido ameaças depois de revelar o conteúdo da conversa aos demais funcionários do colégio. Eles teriam demonstrado solidariedade ao perceber que a estagiaria estava em prantos no banheiro.
–Depois disso, eu me vesti para ir embora e, quando estava saindo, ela me parou na porta e disse: ‘cuidado com o que você fala por aí porque eu tenho vinte anos aqui no colégio e você está começando agora. A vida é muito difícil, você ainda vai ouvir muitas coisas ruins e vai ter que aguentar’.–
A advogada trabalhista que ministra cursos no Geledés, Instituto da Mulher Negra, assegura que a expressão “boa aparência” é usada frequentemente para disfarçar preconceitos A jovem disse que foi contratada no dia 1º de novembro de 2011 para atuar no setor de marketing e monitorar visitas de pais interessados em matricular seus filhos no colégio, localizado no bairro do Brooklin, em São Paulo. A estagiária afirma ter sido convocada para uma conversa na sala da diretora, identificada como professora Dea de Oliveira.
Nos dias anteriores, sempre alguém mandava recado para que prendesse o cabelo e evitasse circular pelos corredores.
– Ela disse: ‘como você pode representar o colégio com esse cabelo crespo? O padrão daqui é cabelo liso’. Então, ela começou a falar que o cabelo dela era ruim, igual o meu, que era armado, igual o meu, e ela teve que alisar para manter o padrão da escola.– Além das advertências, Ester afirma ter sofrido ameaças depois de revelar o conteúdo da conversa aos demais funcionários do colégio. Eles teriam demonstrado solidariedade ao perceber que a estagiaria estava em prantos no banheiro.
–Depois disso, eu me vesti para ir embora e, quando estava saindo, ela me parou na porta e disse: ‘cuidado com o que você fala por aí porque eu tenho vinte anos aqui no colégio e você está começando agora. A vida é muito difícil, você ainda vai ouvir muitas coisas ruins e vai ter que aguentar’.–
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Repassando para os lutadores sociais
Dia X pelo Xingu. Eu vou!
No próximo dia 17 de dezembro de 2011, sábado, ativistas de
movimentos sociais sairão às ruas mais uma vez para protestar contra a
construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. A Marcha denominada
“Dia X pelo Xingu – Dia de luta contra Belo Monte” pretende percorrer as
principais ruas do centro da capital para denúnciar o crime
socioambiental que está sendo realizado contra os povos da Amazônia.
17/12:
Dia X pelo Xingu
Dia de Luta contra Belo Monte
Praça da República, 08h00
Belém do Pará
Comitê Xingu Vivo
Dia X pelo Xingu
Dia de Luta contra Belo Monte
Praça da República, 08h00
Belém do Pará
Comitê Xingu Vivo
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Gama Livre: Ato "Fora Agnelo" sofreu ameaças e agressões de p...
Gama Livre: Ato "Fora Agnelo" sofreu ameaças e agressões de p...: Domingo, 27 de novembro de 2011 A organização da Falange Petista e suas espetaculares ações ...
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Cordel sobre a demolição do estádio Machadão em Natal, RN
A morte do Machadão
Eu senti um dia desses
um aperto no coração
vinha pra Universidade
Na Romualdo Galvão
Ao olhar pro fim da rua
Eu não vi o Machadão
No lugar do Machadão
Vi um cenário de guerra
Nosso estádio foi ao chão
Nossa história foi por terra
Abatida por tratores
Que lembram tanques de guerra
Aqueles tanques de guerra
Que não usam munição
Espalharam pela terra
Os restos do Machadão
E o que sobrou foi levado
No lombo do caminhão
Levaram no caminhão
um pouco da nossa história
De futebol nos domingos
De derrota e de vitória
O poema de concreto
Perdeu seus dias de glória
Um dos momentos de glória
Pra nossa felicidade
Que foi a maior vitória
De um clube da cidade
América na série “A”
Falo com autoridade
E você autoridade
Preste muita atenção
Tenha a dignidade
Ressuscite a tradição
Batizando o novo estádio
De “Arena Machadão”
Botando de Machadão
O nome no estádio novo
Um tributo a João Machado
representante do povo
Se mantém a tradição
e a cultura desse povo
“essa cultura do povo
é coisa de abestalhado
Dona FIFA me mandou
construir um novo estádio
bote no chão essa coisa
e estamos conversado”
“e estamos conversado”
Quem falou foi o engenheiro
Mostrando por “B” mais “A”
Que quem manda é o dinheiro
Não passou uma semana
instalou-se o canteiro
instalado o canteiro
começou destruição
foi caindo bem ligeiro
Machadinho e Machadão
A poeira foi subindo
E o resto ficou no chão
Também caiu pelo chão
A nossa dignidade
Não temos mais prefeitura
Nem qualquer autoridade
Dona FIFA e os empresários
É quem mandam na cidade.
Agora nossa cidade
Não tem praça de esporte
Os clubes estão mais fracos
Os empresários mais forte
Acabou-se o futebol
Do Rio Grande do Norte
EDIL (Edson Lima)
Entrevista do secretário Henilton Menezes sobre pesquisa de preços
Prezados produtores e parceiros,
Abaixo link da entrevista do secretário Henilton Menezes para a TV NBR sobre os indicadores nacionais de preços da cultura, levantados segundo parâmetros e técnicas de mercado pela Fundação Getúlio Vargas.
Por se tratar de material esclarecedor e que pode ser útil a vocês, repasso para que possam acompanhar.
Atenciosamente.
http://www.youtube.com/watch? v=MbAauRy8xEY
Caroline Borralho
MINISTÉRIO DA CULTURA
Assessora de Comunicação
Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura (Sefic)
Esplanada dos Ministérios, Bloco B, 1º andar - Brasília (DF)
(61) 2024.2127
caroline.borralho@cultura.gov. br
Abaixo link da entrevista do secretário Henilton Menezes para a TV NBR sobre os indicadores nacionais de preços da cultura, levantados segundo parâmetros e técnicas de mercado pela Fundação Getúlio Vargas.
Por se tratar de material esclarecedor e que pode ser útil a vocês, repasso para que possam acompanhar.
Atenciosamente.
http://www.youtube.com/watch?
Caroline Borralho
MINISTÉRIO DA CULTURA
Assessora de Comunicação
Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura (Sefic)
Esplanada dos Ministérios, Bloco B, 1º andar - Brasília (DF)
(61) 2024.2127
caroline.borralho@cultura.gov.
sábado, 12 de novembro de 2011
Ato em defesa da vida do Deputado Marcelo Freixo
O PSOL/RN convida todos os filiados (as), imprensa e sociedade em geral para Ato Público que acontecerá no próximo dia 16/11 (4ª), às 15h, em frente a assembleia legislativa/RN, no centro da cidade. O ato em defesa da vida do Freixo é também para alertar os governos sobre a falta de segurança pública que impera no RN e no Brasil.
Vale lembrar que a semana passada, policiais aqui no RN também foram mortos por bandidos e até quando vamos ficar inertes?
Você é nosso convidado (a), vista a camiseta do PSOL, leve bandeira ou o que quiser, o importante é estar protestando contra a falta de segurança e apoiando um parlamentar que coloca sua vida em risco, mas não se rende às pressões do narcotráfico e das milícias.
Veja abaixo um pouco mais sobre o nosso deputado. Divulgue amplamente...
Sandro Pimentel - Pres. Estadual PSOL/RN
Vale lembrar que a semana passada, policiais aqui no RN também foram mortos por bandidos e até quando vamos ficar inertes?
Você é nosso convidado (a), vista a camiseta do PSOL, leve bandeira ou o que quiser, o importante é estar protestando contra a falta de segurança e apoiando um parlamentar que coloca sua vida em risco, mas não se rende às pressões do narcotráfico e das milícias.
Veja abaixo um pouco mais sobre o nosso deputado. Divulgue amplamente...
Sandro Pimentel - Pres. Estadual PSOL/RN
Reinventando a física : Prefeitura de Natal fecha farmácias para melhorar o atendimento.
Nós, seres humanos, somos dotados da capacidade da audição, que, se nos permite ouvir o barulho das ondas ou uma sinfonia de Beethoven, por outro lado nos faz escutar coisas desagradáveis ou sem nexo.Coisas que simplesmente não se consegue entender, e, no caso que trato agora, chega a uma tentativa de subverter as leis da física invertendo a ordem das coisas. Todos nós sabemos que se temos determinada quantidade de algum produto ou serviço, ao diminuirmos essa quantidade, a qualidade do atendimento vai cair, pois não? Tomemos como exemplo o serviço de transporte coletivo: temos uma quantidade y de ônibus numa linha, transportando uma quantidade x de passageiros/hora. Se essa quantidade de passageiros não irá diminuir, pelo contrário tenderá a aumentar, é óbvio que, se diminuirmos a quantidade de ônibus a qualidade do serviço irá piorar com mais passageiros sendo transportando por menos ônibus.
Faço essa introdução para comentar um assunto que ouvi num programa jornalístico de rádio. Um agente público, responsável pelo setor de farmácias populares da Prefeitura de Natal, afirmou que a prefeitura iria reduzir a quantidade de farmácias populares para melhorar o atendimento, pode? Este cidadão começou justificando que a quantidade de farmácias seria reduzida porque a lei exige um farmacêutico em cada farmácia. Como a quantidade de farmacêuticos da prefeitura é insuficiente, resolve-se o problema cortando em mais de 60% a quantidade de farmácias. Porque ao invés de diminuir o número de farmácias não se contrata mais farmacêuticos? Essa deveria ser a pergunta que a inexperiente repórter da FM Universitária de Natal deveria ter feito.
Em seguida o nobre assessor informou que outro motivo do fechamento das farmácias era porque os depósitos da prefeitura não tinham estoques suficientes de todos os remédios para todas as farmácias. Não é pra rir? E porque não se adquire remédios para todas as farmácias ao invés de fechá-las? Aí o camarada se perdeu de vez. Disse que ao diminuir a quantidade de farmácias o estoque, antes insuficiente, como num passe de mágica, se tornaria suficiente e... pasmem!, a prefeitura não precisaria gastar mais nada. Já pensaram que argumento inteligente? E os pacientes? Ah! Eles apenas iriam ter de andar um pouquinho mais, porém, em compensação, teriam a certeza de que quando chegassem numa farmácia remanescente, encontrariam o seu tão precioso remédio. E de quebra ainda seriam atendidos por um farmacêutico! Que luxo!
Foi patético ouvir essas argumentações do sujeito tentando maquiar a total falta de capacidade administrativa da sra. Prefeita de Natal. E falava com orgulho, aquele orgulho idiota típico das tem pessoas que só fazem o que lhe mandam fazer, só dizem o que lhes mandam dizer. Sequer se preocupam, se do outro lado da informação tem pessoas que pensam e, por isso, sabem que essa lógica defendida por ele, certamente sob os auspícios da sua prefeita, não resistem a um mínimo de questionamento. De minha parte, fico com a exatidão científica quando afirma que se temos determinado volume de matéria em um determinado espaço a pressão é uma. Se diminuirmos o espaço com a mesma quantidade de matéria a pressão aumentará em razão proporcionalmente inversa.
Essa lógica nos leva a crer que o serviço só tende a piorar, pois, segundo o que aprendi nas aulas de história da arte, o único lugar onde o menos é mais é na arte minimalista, vanguarda artística da segunda metade do século XX. E isso já faz algum tempo...
Edson Lima
Professor de Artes Visuais
Designer gráfico da Editora da UFRN
Coordenador de Comunicação – SINTEST/RN
Pós-graduado em Gestão Universitária
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Carta Aberta a Governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini e a Diretora Geral da Fundação José Augusto, Ana Neuma
Artistas, grupos, técnicos, críticos e pesquisadores de teatro do Rio Grande do Norte e vindos de vários lugares do país foram convidados, em outubro de 2010, para mais uma edição do Festival Agosto de Teatro, em Natal.
Pode-se dizer como demonstram os registros, que o Festival foi um sucesso, não apenas porque reuniu uma parte da produção cultural do Estado e trabalhos importantes da temporada brasileira, como também porque naqueles dias conseguiu mobilizar em torno da arte os cidadãos e cidadãs da cidade, que compareceram sempre com grande entusiasmo, lotando as apresentações, festejando, aplaudindo os espetáculos e acompanhando as oficinas e encontros de avaliação programados.
O que restou inconcluso, não respondido, não praticado, eticamente ignorado, foi a resposta do Governo do Rio Grande do Norte, que até este momento não saldou seu compromisso com os contratados. Veio a mudança de gestão e, com ela, a velha estratégia que há tempos assassina a cultura do país: o estrangulamento da continuidade no andamento da coisa pública. Como se tratasse de empenhos cancelados pela gestão anterior, a atual gestão usou o argumento para justificar durante todos estes meses o não-pagamento da dívida, de maneira que um ano depois do Festival o Governo continua empurrando com a barriga, sem finalmente reconhecer que a dívida é do Estado e não do Governo que está pontualmente de plantão. Sinalizar com um novo empenho que não tem data para ser cumprido é o mesmo que sinalizar com nada.
Afora os argumentos de sempre e a promessa de que um dia pretende pagar o devido (quando?), a Gestão ainda tem que explicar não só aos artistas, mas à população, por que ignora que o Festival - que mobilizou tanta gente em torno do teatro naqueles dias – é algo que não tem interesse para a vida coletiva, do Estado, dos cidadãos. Pois que é isto o que se evidencia. A pergunta é: por que a cultura e seus agentes (desde que naturalmente não estejam colados a contextos midiáticos, quando o papo muda) é sempre tratada como algo absolutamente não prioritário? Por que a Cultura não interessa aos governantes? – O que esta situação perfeitamente exemplifica.
Por isso os criadores de teatro envolvidos no Festival exigem uma posição clara do Governo do Rio Grande do Norte e a solidariedade dos cidadãos e cidadãs que julgarem esta uma causa justa. Menos pelo dinheiro, mais pelo tratamento que vem sendo dispensado até aqui.
Prof. Dr. José Sávio O. Araújo
CENOTEC - Laboratório de Estudos Cenográficos e Tecnologias da Cena.
DEART - Departamento de Artes/UFRN
Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas.
Pode-se dizer como demonstram os registros, que o Festival foi um sucesso, não apenas porque reuniu uma parte da produção cultural do Estado e trabalhos importantes da temporada brasileira, como também porque naqueles dias conseguiu mobilizar em torno da arte os cidadãos e cidadãs da cidade, que compareceram sempre com grande entusiasmo, lotando as apresentações, festejando, aplaudindo os espetáculos e acompanhando as oficinas e encontros de avaliação programados.
O que restou inconcluso, não respondido, não praticado, eticamente ignorado, foi a resposta do Governo do Rio Grande do Norte, que até este momento não saldou seu compromisso com os contratados. Veio a mudança de gestão e, com ela, a velha estratégia que há tempos assassina a cultura do país: o estrangulamento da continuidade no andamento da coisa pública. Como se tratasse de empenhos cancelados pela gestão anterior, a atual gestão usou o argumento para justificar durante todos estes meses o não-pagamento da dívida, de maneira que um ano depois do Festival o Governo continua empurrando com a barriga, sem finalmente reconhecer que a dívida é do Estado e não do Governo que está pontualmente de plantão. Sinalizar com um novo empenho que não tem data para ser cumprido é o mesmo que sinalizar com nada.
Afora os argumentos de sempre e a promessa de que um dia pretende pagar o devido (quando?), a Gestão ainda tem que explicar não só aos artistas, mas à população, por que ignora que o Festival - que mobilizou tanta gente em torno do teatro naqueles dias – é algo que não tem interesse para a vida coletiva, do Estado, dos cidadãos. Pois que é isto o que se evidencia. A pergunta é: por que a cultura e seus agentes (desde que naturalmente não estejam colados a contextos midiáticos, quando o papo muda) é sempre tratada como algo absolutamente não prioritário? Por que a Cultura não interessa aos governantes? – O que esta situação perfeitamente exemplifica.
Por isso os criadores de teatro envolvidos no Festival exigem uma posição clara do Governo do Rio Grande do Norte e a solidariedade dos cidadãos e cidadãs que julgarem esta uma causa justa. Menos pelo dinheiro, mais pelo tratamento que vem sendo dispensado até aqui.
Prof. Dr. José Sávio O. Araújo
CENOTEC - Laboratório de Estudos Cenográficos e Tecnologias da Cena.
DEART - Departamento de Artes/UFRN
Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas.
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